Foto: Site Oficial da Câmara Municipal de Araripina.
Pegando a fala do atual presidente
da Câmara de Vereadores – Luciano Capitão – e pretenso concorrente à reeleição –
numa entrevista concedida a um programa de rádio local, tentei analisar o
conteúdo ou o seu discernimento pela ótica real da nossa situação vivida num
novo paradigma de governança que precisa urgente de reformas.
Eu acho até substancial e
importante, um gestor ter em mente que o fruto do seu sucesso administrativo,
pode ser representado em monumento erguido para demonstrar a força da sua
gestão. Eu entendo que existe essa preocupação de garantir comodidade para o
legislador e a ínfima parcela dos cidadãos que esporadicamente visitam a casa
do povo, quando são realizadas as sessões e sentem-se confortáveis. Você não
pode imaginar um lugar desses sem ar-condicionado, água e cafezinho a
disposição dos visitantes.
Agora o maior desafio está em
garantir essa comodidade aqui depois dos muros da casa que devia servir ao povo
e que tem sido atrofiada pelas decisões corporativistas. Aqui não temos essa
comodidade, esse conforto. Basta andar um pouco mais, enxergar um pouco mais e
perceberão que a mudança, as reformas, os monumentos, as preocupações são
outras. Elas são as nossas ruas, o lixo espalhado por elas e nas periferias, os
animais soltos, a nossa debilitada saúde, a garantia do transporte escolar com
pagamento em dia, a falta de respeito com a população, e, que sabemos não é obrigação de vocês a
realização de obras estruturais, mas os senhores são os olhos do povo frente ao
poder executivo. Isso eu não vejo ser debatido exaustivamente como todos nós
merecemos. Aqui perto de nós os problemas são imensos, as privações são muitas,
mas não percebo tanta empolgação em defender uma gestão quando se fala na nossa
real situação. Sair da utopia para a vida real, aí sim, é falar em gestão,
reeleição, para não envolver só poder, mas algo que interessa realmente a todos
nós araripinense. Por enquanto essa disputa na Câmara é só mais uma eleição
para comodidade de quem já tem.
A Câmara precisa de uma reforma, mas Araripina também.
Boa leitura
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